DISCIPLINA- BIOLOGIA- TEXTOS COMPLEMENTARES- CBC/2011- 1º ANO
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR MORAIS
PROFESSORA: Gláucia Coelho
Texto -ENERGIA DOS ALIMENTOS ( www.scite.prob.br/1999/ =de:Luís Paulo Piassi)
Alimentação e nutrição são coisas distintas. Alimentação consiste em ingerir alimentos, de forma consciente e voluntária, estando nas nossas mãos e critério a forma, freqüência, preferência, qualidade e quantidade com que tal ato é efetuado, assim como incorporar-lhe as mais diversas modificações. É evidente que a qualidade da alimentação depende de fatores econômicos e culturais. Nutrição, por outro lado, consiste no conjunto de processos fisiológicos pelos quais o organismo recebe, transforma e utiliza as substâncias químicas contidas nos alimentos. É um processo involuntário e inconsciente que depende da atividade orgânica da digestão (que inclui a absorção e o transporte dos nutrientes dos alimentos para os tecidos).
O estado de saúde de uma pessoa depende da qualidade da nutrição das células constituintes dos seus tecidos. Como é impossível para a quase totalidade dos seres humanos atuar voluntariamente nos processos de nutrição, a melhoria do estado de saúde (= nutrição) não se poderá verificar sem a sã modificação dos hábitos alimentares.
Para levar a cabo todos os processos que nos permitem estar vivos, o organismo humano necessita de um fornecimento contínuo dos materiais que devemos ingerir: os nutrientes. O número de nutrientes que o ser humano pode utilizar é limitado: existem muito poucas substâncias, em comparação com a grande quantidade de compostos, que nos servem como combustível ou para incorporar as nossas próprias estruturas. Estes nutrientes não se ingerem diretamente, mas através dos alimentos, e a ampla variedade de alimentos existentes não são mais do que as múltiplas combinações em que a natureza oferece os diferentes nutrientes.
Para levar a cabo todos os processos que nos permitem estar vivos, o organismo humano necessita de um fornecimento contínuo dos materiais que devemos ingerir: os nutrientes. O número de nutrientes que o ser humano pode utilizar é limitado: existem muito poucas substâncias, em comparação com a grande quantidade de compostos, que nos servem como combustível ou para incorporar as nossas próprias estruturas. Estes nutrientes não se ingerem diretamente, mas através dos alimentos, e a ampla variedade de alimentos existentes não são mais do que as múltiplas combinações em que a natureza oferece os diferentes nutrientes.
Pode fazer-se uma primeira distinção entre os componentes de qualquer alimento com base nas quantidades em que estão presentes:
- os macro–nutrientes (macro=grande), que são os que ocupam a maior proporção dos alimentos, e que são as proteínas, os glucídios (ou hidratos de carbono) e os lipídeos (ou gorduras). Também se poderia incluir a fibra e a água, que estão presentes em quantidades consideráveis na maioria dos alimentos, mas como não fornecem calorias não costumam considerar-se nutrientes;
e os - micro–nutrientes (micro=pequeno), que apenas estão presentes em pequeníssimas proporções, e onde se encontram as vitaminas e os minerais. São imprescindíveis para a manutenção da vida, apesar das quantidades de que necessitamos se medirem em milésimas, ou inclusive milionésimas de grama. (elementos vestígio ou oligoelementos).
Outra classificação dos nutrientes é quanto à função que realizam no metabolismo:
- nutrientes energéticos – correspondem a um primeiro grupo, formado pelos compostos que se usam normalmente como combustível celular. Coincidem praticamente com o grupo dos macro–nutrientes. Deles se obtém a energia, ao se oxidarem (queimarem) no interior das células, com o oxigênio que o sangue transporta. A maior parte dos nutrientes que consumimos utiliza-se com este fim;
- nutrientes plásticos – correspondem a um segundo grupo, formado pelos nutrientes que utilizamos para construir e regenerar o nosso próprio corpo. Pertencem, a maior parte, ao grupo das proteínas, ainda que também se utilizem pequenas quantidades de outros tipos de nutrientes.
- vitaminas e minerais – correspondem a um terceiro grupo, composto pelos nutrientes que atuam facilitando e controlando as funções bioquímicas que têm lugar no interior dos seres vivos. Têm funções de regulação.
- água – corresponde a um quarto grupo que atua como dissolvente de outras substâncias, participa nas reações químicas mais vitais e é o meio de eliminação dos produtos desaproveitados do organismo.
VALOR ENERGÉTICO DOS ALIMENTOS
O valor energético ou valor calórico de um alimento é proporcional à quantidade de energia que pode proporcionar ao queimar-se na presença de oxigênio.
Mede-se em calorias (sendo uma caloria a quantidade de calor necessária para aumentar um grau à temperatura de um grama de água. Como o seu valor é muito pequeno, em dietética toma-se como medida a kilocaloria (1Kcal = 1000 calorias). Por vezes, a Kilocaloria é representada com o termo Caloria (com letra maiúscula), o que está errado e não deve fazer-se. Quando ouvirmos dizer que um alimento tem 100 Calorias, na realidade devemos interpretar que esse alimento tem 100 Kilocalorias por cada 100 gr. de peso.
Mede-se em calorias (sendo uma caloria a quantidade de calor necessária para aumentar um grau à temperatura de um grama de água. Como o seu valor é muito pequeno, em dietética toma-se como medida a kilocaloria (1Kcal = 1000 calorias). Por vezes, a Kilocaloria é representada com o termo Caloria (com letra maiúscula), o que está errado e não deve fazer-se. Quando ouvirmos dizer que um alimento tem 100 Calorias, na realidade devemos interpretar que esse alimento tem 100 Kilocalorias por cada 100 gr. de peso.
As dietas dos seres humanos adultos contêm entre 1000 e 5000 Kilocalorias por dia. Cada grupo de nutrientes energéticos – glucídios, lipídeos e proteínas – tem um valor calórico diferente e mais ou menos uniforme em cada grupo. Para facilitar os cálculos do valor energético dos alimentos tomam-se uns valores standarizados para cada grupo: um grama de glucídios ou de proteínas liberta ao queimar-se umas quatro calorias, enquanto um grama de gordura produz nove. Daqui que os alimentos ricos em gordura tenham um teor energético muito maior do que os formados por glucídios ou proteínas.
De fato, toda a energia que acumulamos no organismo, como reserva a longo prazo armazena-se na forma de gorduras. Recordemos que nem todos os alimentos que ingerimos se queimam para produzir energia, pois uma parte deles é usada para reconstruir as estruturas do organismo ou facilitar as reações químicas necessárias para a manutenção da vida. As vitaminas e os minerais, assim como os oligoelementos, a água e a fibra, segundo se considera, não fornecem calorias. Na maioria das tabelas de composição dos alimentos, além dos teores de macro e micronutrientes, encontramos uma referência aproximada da densidade ou valor energético de cada alimento.
As necessidades de energia de qualquer ser vivo calculam-se pela soma de vários componentes. À energia requerida pelo organismo em repouso absoluto e à temperatura constante, chama-se Taxa de Metabolismo Basal (TMB), que é a energia mínima que necessitamos para nos mantermos vivos. Normalmente consome a maior parte das calorias dos alimentos que ingerimos. Calcula-se que a taxa de metabolismo basal para um homem médio se situa em torno dos 100W, o que equivale ao consumo de umas 21 gr. de glucídios (ou 9,5 de gorduras) por cada hora.
A taxa metabólica depende de fatores como o peso corporal, a relação entre massa de tecido magro e gordo, a superfície externa do corpo, o tipo de pele e inclusivamente a temperatura ambiental externa.
As crianças têm taxas metabólicas muito altas (maior relação entre superfície e massa corporal), enquanto os idosos a têm mais reduzida. Também é um pouco mais baixa nas mulheres do que nos homens (maior quantidade de gordura na pele).
Por outro lado, se nos submetemos a uma dieta pobre em calorias ou a um jejum prolongado, o organismo faz descer notavelmente a energia consumida em repouso para fazer durar mais tempo as reservas energéticas disponíveis, mas se estamos submetidos a stress, a atividade hormonal faz com que o metabolismo basal aumente.
Existem fórmulas complexas que dão o valor das necessidades calóricas em função da altura, do peso e da idade, e para facilitar a tarefa de calcular a nossa Taxa de Metabolismo Basal, existem recursos tecnológicos, como programas informáticos que nos permitem chegar aos resultados desejados mediante a digitalização dos dados que são solicitados num formulário.
ATIVIDADE FÍSICA
Se em vez de estar em repouso absoluto desenvolvemos alguma atividade física, as nossas necessidades energéticas aumentam. Este fator denomina-se por "energia consumida pelo trabalho físico", e em situações extremas pode atingir valores até cinqüenta vezes superiores aos do consumo em repouso.
Um último fator seria a energia requerida para a manutenção da temperatura corporal. Nesta concepção, consume-se a maior parte da taxa de metabolismo basal, e qualquer variação da temperatura externa influi notavelmente nas nossas necessidades energéticas. Calcula-se que nos trópicos, onde as temperaturas médias são superiores a 25º, o metabolismo basal diminui aproximadamente uns 10%.
A energia é a capacidade de executar trabalho ou produzir mudanças na matéria. Em relação à nutrição, esta energia é relacionada com a energia química dos alimentos devido à ligações químicas presentes nos nutrientes.Apesar dos alimentos sofrerem combustão no organismo, este calor não é produtivo, e sim, um subproduto do metabolismo gerado pela atividade física e útil para manter a temperatura do corpo. A energia química obtida dos alimentos é usada para todas as funções do organismo.Os alimentos, dos quais a energia é liberada (carboidratos, lipídeos e proteínas) são convertidos no corpo em glicose, ácidos graxos e aminoácidos. A energia liberada pela desintegração dos alimentos não é utilizado prontamente para realizar trabalho, e sim, utilizada para fabricar outro composto químico chamado adenosina trifosfato (ATP), que é armazenado em todas as células musculares. Ele é um nucleotídeo composto de adenina, ribose e três radicais fosfato dos quais 2 são adicionados por meio de ligações ricas em energia, que pode ser liberado rapidamente no trabalho mecânico, síntese de componentes químicos, etc. O ATP é considerado como a energia corrente da célula, pois pode ser gasto e refeito várias vezes. A unidade de energia comumente utilizada na nutrição é a quilocaloria, mas usa-se o termo caloria, que é a unidade padrão para a medida de calor. E como o calor é resultante da energia gerada pelo calor, a caloria pode servir como medida de energia produzida. Uma quilograma é a energia necessária para elevar em 1 grau centígrado a temperatura de um quilograma de água.Cada alimento tem seu valor calórico específico. As calorias liberadas dependem da composição dos alimentos em termos de proteínas, carboidratos e gorduras. A quantidade de energia produzida por uma grama de cada nutriente é:
- 1 g de proteína = 5,65 kcal;
- 1 g de gordura = 9,45 kcal;
- 1 g de carboidrato = 4,10 kcal
Nem todos os alimentos são totalmente absorvidos no organismo, pois ele não é eficiente neste processo. Geralmente 98% dos carboidratos, 95% de gorduras e 92% de proteínas são absorvidos. As proteínas tem grande variação de digestibilidade.Os valores calóricos de 4, 9 e 4 para os carboidratos, gorduras e proteínas são usados para fins práticos no cálculo dos valores calóricos dos alimentos. O álcool contém 7 cal/g.Todos os alimentos, além de fornecer energia, também estimulam o metabolismo, mas nem todos tem o mesmo efeito sobre este. Esta situação é denominada "ação específica dos alimentos ou efeito calorífico dos alimentos". Os carboidratos e gorduras aumentam em 5% a produção de calor do total de calorias consumidas, e as proteínas podem aumentar em até 30%.A ação específica dos alimentos não se deve à energia necessária para a digestão dos alimentos, pois substâncias alimentares injetadas na veia causam o mesmo efeito. Os mecanismos deste efeito não é bem entendido ainda, mas para uma dieta normal deve ser adicionado 10% das necessidades energéticas para o metabolismo basal e atividade física, para cobrir a ADE. Por alguma razão desconhecida, o exercício aumenta a ADE. A composição nutricional dos alimentos sofrem variações devido a fatores como: solo, clima, armazenamento, grau de maturação, etc. De posse de tabelas de valores calóricos dos alimentos pode-se calcular os valores calóricos aproximados de qualquer dieta.
"Valor calórico" dos alimentos diz respeito apenas à energia que ele pode nos fornecer. Nosso organismo não absorve 100 % do valor calórico dos alimentos. Aliás, há substâncias que possuem energia e que podem servir de alimento para outros animais, mas não para nós, pois não temos como digeri-las. É o caso da madeira, por exemplo.
Alimento é energia? Nós nos alimentamos para conseguir não somente energia, mas substâncias necessárias ao bom funcionamento do organismo. O sal, por exemplo, tem várias funções no organismo, mas não fornece energia, ou seja não "tem calorias".O chamado "valor calórico" dos alimentos diz respeito apenas à energia que ele pode nos fornecer. A energia armazenada nas substâncias recebe o nome de energia química. Quando essa energia química é liberada através de uma reação de combustão, ela é chamada de calor de combustão.
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