quarta-feira, 30 de abril de 2014

2º ANOS: DISTRIBUIÇÃO DE PONTOS- 1ºBIM./2014

TURNO: MANHÃ

PROVA BIMESTRAL- 10,0 PTS
PROVA MENSAL- 5,0 PTS
SIMULADO- 4,0 PTS
PORTIFÓLIO- 5,0 PTS
PARTICIPAÇÃO- 1,0 PTO

TURNO: TARDE

PROVA BIMESTRAL- 10,0 PTS
PROVA MENSAL- 5,0 PTS
SIMULADO- 5,0 PTS
ATIVIDADE: 2,0 PTO
ATIVIDADE PRÁTICA: 2,0 PTS
PARTICIPAÇÃO- 1,0 PTO

quarta-feira, 16 de abril de 2014

FERIADÃO...


ATENÇÃO!!!
Caros alunos, estou prevendo uma data para a Recuperação do Bimestre, caso haja alteração de datas comunico a vocês.

PROVA DE RECUPERAÇÃO
DATA: 29/04/14- TURNO: MANHÃ
DATA: 30/04/14- TURNO: TARDE


BOM FERIADO A TODOS!!!

quarta-feira, 9 de abril de 2014

2º ANOS: E.D I e II- COMENTADOS

CAROS ALUNOS,

 FAVOR OBSERVAR QUE O GABARITO DO E. DIRIGIDO I e II FOI POSTADO LOGO ABAIXO.


BONS ESTUDOS A TODOS!!!

segunda-feira, 7 de abril de 2014

2º ANOS: CURIOSIDADES...



CLONAGEM HUMANA... É POSSÍVEL???



Será que o ser humano também pode ser clonado artificialmente? Na teoria, sim! Mas na prática, a clonagem não produz uma pessoa igual à outra. Por três motivos! Primeiro, os genes não estão só no núcleo das células, mas também nas mitocôndrias. As mitocôndrias são pequenas estruturas encontradas no citoplasma, material muito parecido com gelatina que existe dentro da célula e fica ao redor do núcleo. Elas produzem energia para a célula viver! Como os cientistas só usam o núcleo da célula na clonagem, o clone não tem os genes das mitocôndrias idênticos aos da pessoa clonada. Além disso, as células do nosso corpo estão sempre se dividindo. E, algumas vezes, pequenas alterações nos genes podem ocorrer durante as divisões. Com o tempo, essas pequenas alterações resultam numa quantidade razoável de mudanças. Assim, se o núcleo de uma célula do seu dedo for posto num óvulo sem núcleo e resultar em um embrião, as características genéticas dele podem ser diferentes das suas. Mas primordial é lembrar que pessoas são mais do que um amontoado de genes. Os genes são importantes, mas a influência das experiências pessoais também é. Imagine que o pai de um menino é professor de tênis e que a mãe também gosta de esportes. Incentivado pela família, o garoto tornou-se um grande jogador de tênis! Agora pense que o craque foi clonado! E que o clone foi criado por pessoas que amavam a música. O pai é baterista de uma banda e a mãe canta no coral do bairro. Na escola, o clone aprende a tocar flauta. E ganha uma bolsa para estudar música na Suíça! Adulto, torna-se um famoso flautista. Qual conclusão você tira dessa história?

Fonte: Ciência Hoje

sexta-feira, 4 de abril de 2014

2º ANOS- MANHÃ/TARDE: ATIVIDADE DE REVISÃO- EMBRIOLOGIA

* INSTRUÇÕES: 
- Imprima a atividade e faça na própria folha para entregar.
- Formate a atividade para economizar folhas
- Favor grampear a atividade e colocar nome e turma.


2º ANOS: TURNO- MANHÃ
* ENTREGAR- DIA: 10/04/14 ( quinta-feira)

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2º ANOS: TURNO- TARDE
* ENTREGAR- DIA: 09/04/14 ( quarta-feira)

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GABARITO DO ESTUDO DIRIGIDO I


Parte II Embriogênese









1- A        2- D

 3- B    4- D
5- E    
6- E   
7- C
     8- A   
9- C  
10- A
11- E       12- D









ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR MORAIS
DISCIPLINA- BIOLOGIA
PROFESSORA- Gláucia Coelho
Nome: _____________________________________ Turma: ________

ATIVIDADE DE REVISÃO: ASSUNTO: EMBRIOLOGIA

Parte I: Embriogênese
1) (U. São Francisco‑SP) A figura representa um corte através de uma blástula. Pela disposição dos blastômeros e do vitelo, pode-se afirmar que essa blástula se originou a partir de um ovo:
a) telolécito.
b) centrolécito.
c) heterolécito.
d) oligolécito.
e) alécito.
2) (UFMT) A notocorda é uma estrutura embrionária que:
a) dá origem aos somitos.
b) persiste no adulto de todos os vertebrados.
c) desaparece no anfioxo adulto.
d) é substituída pela coluna vertebral nos vertebrados.
e) dá origem à coluna vertebral dos mamíferos.
3) (U. F. Ouro Preto‑MG) No desenvolvimento embrionário dos animais, existem etapas características nas quais ocorrem processos mais ou menos semelhantes. Observe que há uma seqüência cronológica igual para todos os grupos zoológicos, traduzindo a "origem comum" dos metazoários. Os principais "momentos" pelos quais passam os embriões de diferentes grupos são:
1. segmentação;
2. mórula;
3. blástula;
4. gástrula;
5. nêurula.
Para você visualizar o que ocorre em cada uma dessas fases, basta relacioná‑las corretamente com os eventos abaixo.
A. Formação de tubo neural.
B. Proliferação do ovo originando os blastômeros.
C. Micrômeros e macrômeros envolvendo pequena cavidade central.
D. Intensas modificações dos blastômeros originando três folhetos embrionários.
E. Formação de uma estrutura esférica e maciça.
Assinale a alternativa que contém a seqüência correta dos "momentos" do desenvolvimento embrionário.
a) 1E, 2B, 3A, 4D, 5C
b) 1B, 2E, 3C, 4D, 5A
c) 1A, 2C, 3E, 4B, 5D
d) 1C, 2D, 3A, 4E, 5B
e) 1D, 2A, 3E, 4B, 5C
4) (UF-MG) Estágio do desenvolvimento embrionário de anfioxo:
Qual a alternativa errada?
a) Este esquema representa uma gástrula, que foi precedida pela blástula.
b) 1 representa o ectoderma e 2 o endoderma.
c) 3 representa o intestino primitivo e 4 dará origem ao ânus.
d) O mesoderma será formado a partir de 1.
e) 1 originará a epiderme e o sistema nervoso
5) O esquema representa um corte transversal do corpo de um embrião de cordado em estágio de nêurula. Assinale a alternativa que indica a fase da embriogênese imediatamente anterior à nêurula e a estrutura que se originará da porção embrionária apontada pela seta.
a) mórula, tubo digestivo
b) blástula, sistema nervoso central
c) gástrula, tubo digestivo
d) blástula, tubo digestivo
e) gástrula, sistema nervoso central
6) O esquema abaixo representa uma gástrula jovem.
Se a região indicada pela seta se diferenciar em boca, pode-se afirmar que o embrião em desenvolvimento não pertence ao grupo dos:
a) platelmintos.
b) anelídeos.
c) moluscos.
d) artrópodos .
e) cordados .
7) (PUC) O esquema a seguir representa o corte transversal de um protocordado (Anfioxo), onde são indicadas quatro estruturas.
Pode-se afirmar que apresentam a mesma origem embrionária as estruturas.
a) 1 e 2
b) 1 e 3
c) 1 e 4
d) 2 e 4
e) 3 e 4
Instruções: Os esquemas abaixo devem ser utilizados para responder às questões de números 8 e 9.
8) (PUC) Assinale a alternativa correta:
a) I representa o padrão de organização de um animal acelomado e II, dos animais celomados.
b) I e II representam padrões diferentes de organização dos animais celomados.
c) I e II representam padrões diferentes de organização dos animais pseudocelomados.
d) I e II representam padrões diferentes de organização dos animais acelomados.
e) I representa o padrão de organização dos animais pseudocelomados e, II, dos animais celomados.
9) (PUC) Entre os animais, os padrões de organização I e II podem ser observados, respectivamente, em uma:
a) planária e uma tênia.
b) lombriga e uma tênia.
c) planária e uma minhoca.
d) hidra e uma minhoca.
e) água viva e uma planária.
10) (MACK-SP) Durante o desenvolvimento embrionário de vários vertebrados, observamos nitidamente algumas fases, caracterizadas pelo aparecimento de determinadas estruturas. A seqúência correta dessas fases está representada na alternativa:
a) mórula - blástula - gástrula - nêurula.
b) mórula - blástula - nêurula - gástrula.
c) blástula - mórula - gástrula - nêurula.
d) mórula - gástrula - blástula - nêurula.
e) blástula - mórula - nêurula - gástrula.
11) (Unirio-RJ) O esquema a seguir representa, em corte transversal, o embrião de um cordado. A notocorda, o tubo neural, o celoma e o arquêntero são representados, respectivamente, por:
a) 1, 2, 3, 4
b) 2, 1, 3, 4
c) 4, 3, 2, 1
d) 1, 2, 4, 3
e) 2, 1, 4, 3
12) (UFMG) Observe a figura:
Essa figura representa uma das fases iniciais do desenvolvimento embrionário de um cordado. Todas as estruturas indicadas estão presentes nessa fase, exceto:
a) arquêntero.
b) blastocele.
c) blastóporo.
d) celoma.
e) endoderme.
Parte II: E. DIRIGIDO- RECUP. PARALELA- 1º BIM./2014



ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR MORAIS
DISCIPLINA- BIOLOGIA
PROFESSORA- Gláucia Coelho
Nome: ________________________________________ Turma: ________


GABARITO DO ESTUDO DIRIGIDO II

01- Conceituar:
a) zona pelúcida- REGIÃO DO ÓVULO QUE SURGE APÓS A FECUNDAÇÃO
b) espermiogênese- FORMAÇÃO DOS ESPERMATOZÓIDES
d) acrossomo- REGIÃO ANTERIOR DO ESPERMATOZÓIDE QUE CONTEM ENZIMAS QUE AJUDAM A ROMPER A M.C DO ÓVULO
e) ovogênese- FORMAÇÃO DOS ÓVULOS
f) ovócito- FASE DO ÓVULO QUE SUCEDE A OVULAÇÃO
g) óvulo- GAMETA FEMININO
h)- blástula- FASE EMBRIONÁRIA ONDE O EMBRIÃO É CHAMADO DE BASTOCISTO
i)- blastocisto- FASE DO EMBRIÃO ONDE SE ENCONTRAM AS C.T.E
j)- células- tronco embrionárias- ORIGINARÃO OS TECIDOS DO ORGANISMO


02- Indicar o trajeto percorrido pelo espermatozóide desde a sua produção até a sua liberação do aparelho reprodutor masculino.


03- Em que região do aparelho reprodutor feminino ocorre a fecundação? TUBAS UTERINAS


04- Qual o local de produção dos espermatozóides? TESTÍCULOS


05- Qual o local de produção dos ovócitos? OVÁRIOS


06- Onde os espermatozóides são armazenados? EPIDÍDIMO



07- Em que fase do ciclo menstrual ocorre a descamação da camada funcional do endométrio?
FASE DA MENSTRUAÇÃO

08- Qual a importância da gametogênese? FORMAÇÃO DOS GAMETAS


09-  Faça um quadro comparativo entre: espermatogênese x ovogênese.
VERIFICAR O LIVRO

10- Fale sobre a clivagem do zigoto.  e descreva e/ou esquematize um blastocisto.
CLIVAGEM- DIVISÃO DO ÓVO QUE SOFRENDO MITOSES SUCESSIVAS ORIGINARÁ A 
MÓRULA- BLÁSTULA- GÁSTRULA- NÊURULA.
BLASTOCISTO- FASE DO EMBRIÃO ONDE SE ENCONTRAM AS C.T.E.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

2º ANOS: E.DIRIGIDO- CÉLULAS-TRONCO: COMENTADO




2º ANOS: EMBRIOLOGIA- ESQUEMA COMPLEMENTAR




2º ANOS: DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO- TEXTOS COMPLEMENTARES

A VIDA E O DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO



FOLHETOS EMBRIONÁRIOS


Origem e diferenciação dos tecidos e órgãos.


O folheto germinativo é o tecido embrionário que origina os diversos tecidos e órgãos de um animal adulto. Com exceção dos poríferos, sem folhetos, portanto não havendo diferenciação tecidual, e dos cnidários com dois folhetos germinativos (diblásticos ou diploblásticos), todos os demais grupos de animais apresentam três folhetos germinativos (triblásticos ou triploblásticos).

Diblásticos → ectoderma e endoderma
Triblásticos → ectoderma, mesoderma e endoderma

Assim como os cordados, os três tipos de folhetos embrionários: ectoderma, mesoderma e endoderma, surgem simultaneamente durante o processo de gastrulação (fase de gástrula), inicialmente formado por duas camadas de células: externamente o ectoderma e internamente o mesentoderma. Essa última camada origina em seguida o mesoderma e o endoderma.

Os destinos finais (organogênese) desses folhetos germinativos, na formação dos tecidos e órgão humanos, são:

Ectoderma:
- Epiderme e anexos cutâneos (pêlos e glândulas mucosas);
- Todas as estruturas do sistema nervoso (encéfalo, nervos, gânglios nervosos e medula espinhal);
- epitélio de revestimento das cavidades nasais, bucal e anal.

Mesoderma:
- Forma a camada interna da pele (derme).
- Músculos lisos e esqueléticos;
- Sistema circulatório (coração, vasos sangüíneos, tecido linfático, tecido conjuntivo);
- Sistema esquelético (ossos e cartilagem);
- Sistema excretor e reprodutor (órgãos genitais, rins, uretra, bexiga e gônadas).

Endoderma:
- Epitélio de revestimento e glândulas do trato digestivo, com exceção da cavidade oral e anal;
- Sistema respiratório (pulmão);
- Fígado e pâncreas.

 AS FASES DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO:



ANEXOS EMBRIONÁRIOS:

Os anexos embrionários são estruturas ligadas ao embrião de répteis, aves e mamíferos, relacionados com a adaptação desses vertebrados ao ambiente terrestre.

OS PRINCIPAIS ANEXOS EMBRIONÁRIOS SÃO:
Âmnio → bolsa contendo líquido amniótico, favorecendo ambiente úmido ao desenvolvimento do embrião, amortecendo os choques térmicos e mecânicos.

Cório → membrana de natureza celular. Envolvendo o embrião e o saco vitelino, protegendo-os.

Alantoide → bolsa membranosa que realiza o armazenamento das excretas do embrião até o momento do nascimento do organismo. Em répteis e aves, a membrana do alantoide une-se a do cório, constituindo o alantocório, exercendo função respiratória.

Saco vitelínico → bolsa contendo substâncias de reserva energética (vitelo), responsável pela nutrição do embrião. Nos mamíferos placentários, o saco vitelínico possui pequenas dimensões, sendo a nutrição desempenhada pela placenta.


ÂMNION:  ANIMAIS: ANAMNIOTAS: peixes, anfíbios
                                       AMINIOTAS: RÉPTEIS, aves e mamíferos

QUADRO COMPARATIVO: ANEXOS EMBRIONÁRIOS



Saco vitelino
Âmnio
Cório
Alantóide
Placenta

Origem

endoderme e ectoderme
ectoderme e mesoderme
ectoderme e mesoderme
endoderme e mesoderme
mista  → cório viloso (fetal) e decídua basal (materna)
Ocorrência
peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos

*répteis, aves e mamíferos
répteis, aves e mamíferos
répteis, aves e mamíferos
Mamíferos eutérios e metatérios
Funções
nutrição, hematopoiética (mamíferos eutérios)
proteção contra choques   mecânicos, desidratação e manutenção da temperatura.
proteção contra choques mecânicos, absorção de cálcio e respiração
armazenar excreções, respiração e absorção de cálcio
Nutrição, proteção, respiração, excreção, defesa imunitária,  e hormonal

2º ANOS: EMBRIOLOGIA- TEXTOS COMPLEMENTARES

 Folhetos Embrionários: tipos e funções


Folhetos embrionários: tipos e funções.

As células dos três folhetos embrionários - ectoderme, mesoderme e endoderme - sofrerão um processo de diferenciação, de acordo com as funções que cumprirão no organismo adulto.
Nos vertebrados, os tecidos, órgãos e sistemas originam-se conforme a tabela abaixo:


Folheto
     
Estrutura do embrião

Estrutura no adulto
Ectoderme
  • camada celular externa
  • tubo neural (nervoso)
  • cristalino dos olhos
  • epiderme
  • anexos da epiderme: pelos, glândulas, etc
  • revestimento interno da boca e do ânus
  • esmalte dos dentes
  • receptores sensitivos
  • encéfalo, gânglios e medula espinhal
Mesoderme
  • somitos:

epímero (dorsal)
mesômero (médio)
hipômero (ventral)
  • vértebras
  • derme
  • tecido muscular
  • tecido ósseo
  • sistema circulatório
  • aparelho urogenital
Endoderme
revestimento do arquêntero
revestimento interno do aparelho digestório
revestimento interno do aparelho respiratório
revestimento interno da bexiga, fígado e pâncreas


  • Reino  METAZOA    Animais  -  Filos:





2º ANOS: CÉLULAS-TRONCO- TEXTOS COMPLEMENTARES

Vitória para a Ciência:
 Aprovada a utilização de células-tronco embrionárias em pesquisas

O STF (Supremo Tribunal Federal) aprovou dia 29/05/2008 as pesquisas com células-tronco embrionárias no país. O Supremo rejeitou uma ação direta de inconstitucionalidade contra o artigo 5º artigo da Lei de Biossegurança que permite a utilização, em pesquisas, dessas células fertilizadas in vitro e não utilizadas. Segundo a norma, podem ser utilizados apenas os embriões que estejam congelados há três anos ou mais, mediante autorização do casal. O artigo também veta a comercialização do material biológico.
Clonagem terapêutica para obtenção das células-tronco
Se em vez de inserirmos em um útero o óvulo cujo núcleo foi substituído por um de uma célula somática deixarmos que ele se divida no laboratório teremos a possibilidade de usar estas células - que na fase de blastocisto são pluripotentes - para fabricar diferentes tecidos. Isto abrirá perspectivas fantásticas para futuros tratamentos, porque hoje só se consegue cultivar em laboratório células com as mesmas características do tecido do qual foram retiradas. É importante que as pessoas entendam que, na clonagem para fins terapêuticos, serão gerados só tecidos, em laboratório, sem implantação no útero. Não se trata de clonar um feto até alguns meses dentro do útero para depois lhe retirar os órgãos como alguns acreditam. Também não há porque chamar esse óvulo de embrião após a transferência de núcleo porque ele nunca terá esse destino.
Uma pesquisa publicada na revista Science por um grupo de cientistas coreanos (Hwang e col., 2004) confirma a possibilidade de obter-se células-tronco pluripotentes a partir da técnica de clonagem terapêutica ou transferência de núcleos. O trabalho foi feito graças a participação de dezesseis mulheres voluntárias que doaram, ao todo, 242 óvulos e células "cumulus" (células que ficam ao redor dos óvulos) para contribuir com pesquisas visando à clonagem terapêutica. As células cumulus, que já são células diferenciadas, foram transferidas para os óvulos dos quais haviam sido retirados os próprios núcleos. Dentre esses, 25% conseguiram se dividir e chegar ao estágio de blastocisto, portanto, capazes de produzir linhagens de células-tronco pluripotentes.



A clonagem terapêutica teria a vantagem de evitar rejeição se o doador fosse a própria pessoa. Seria o caso, por exemplo, de reconstituir a medula em alguém que se tornou paraplégico após um acidente ou para substituir o tecido cardíaco em uma pessoa que sofreu um infarto. Entretanto, esta técnica tem suas limitações. O doador não poderia ser a própria pessoa quando se tratasse de alguém afetado por doença genética, pois a mutação patogênica causadora da doença estaria presente em todas as células. No caso de usar-se linhagens de células-tronco embrionárias de outra pessoa, ter-se-ia também o problema da compatibilidade entre o doador e o receptor. Seria o caso, por exemplo, de alguém afetado por distrofia muscular progressiva, pois haveria necessidade de se substituir seu tecido muscular. Ele não poderia utilizar-se de suas próprias células-tronco, mas de um doador compatível que poderia, eventualmente, ser um parente próximo.
Além disso, não sabemos se, no caso de células obtidas de uma pessoa idosa afetada pelo mal de Alzheimer, por exemplo, se as células clonadas teriam a mesma idade do doador ou se seriam células jovens. Uma outra questão em aberto diz respeito à reprogramação dos genes que poderiam inviabilizar o processo dependendo do tecido ou do órgão a ser substituído.
Em resumo, por mais que sejamos favoráveis à clonagem terapêutica, trata-se de uma tecnologia que necessita de muita pesquisa antes de ser aplicada no tratamento clínico. Por este motivo, a grande esperança, a curto prazo, para terapia celular, vem da utilização de células-tronco de outras fontes.


     
Ilustração de como seria a clonagem humana
O que é clonagem?

A Clonagem é um mecanismo comum de reprodução de espécies de plantas ou bactérias. Um clone pode ser definido como uma população de moléculas, células ou organismos que se originaram de uma única célula e que são idênticas à célula original. Em humanos, os clones naturais são os gêmeos idênticos que se originam da divisão de um óvulo fertilizado.

Voltemos agora à nossa primeira célula resultante da fusão do óvulo e do espermatozoide. Logo após a fecundação, ela começa a se dividir: uma célula em duas, duas em quatro, quatro em oito e assim por diante. Pelo menos até a fase de oito células, cada uma delas é capaz de se desenvolver em um ser humano completo. São chamadas de totipotentes. Na fase de oito a dezesseis células, as células do embrião se diferenciam em dois grupos: um grupo de células externas que vão originar a placenta e os anexos embrionários, e uma massa de células internas que vai originar o embrião propriamente dito. Após 72 horas, este embrião, agora com cerca de cem células, é chamado de blastocisto.


      É nesta fase que ocorre a implantação do embrião na cavidade uterina. As células internas do blastocisto vão originar as centenas de tecidos que compõem o corpo humano. São chamadas de células tronco embrionárias pluripotentes. A partir de um determinado momento, estas células somáticas - que ainda são todas iguais - começam a diferenciar-se nos vários tecidos que vão compor o organismo: sangue, fígado, músculos, cérebro, ossos etc. Os genes que controlam esta diferenciação e o processo pelo qual isto ocorre ainda são um mistério.
O que sabemos é que uma vez diferenciadas, as células somáticas perdem a capacidade de originar qualquer tecido. As células descendentes de uma célula diferenciada vão manter as mesmas características daquela que as originou, isto é, células de fígado vão originar células de fígado, células musculares vão originar células musculares e assim por diante. Apesar de o número de genes e de o DNA ser igual em todas as células do nosso corpo, os genes nas células somáticas diferenciadas se expressam de maneiras diferentes em cada tecido, isto é, a expressão gênica é específica para cada tecido. Com exceção dos genes responsáveis pela manutenção do metabolismo celular (housekeeping genes) que se mantêm ativos em todas as células do organismo, só irão funcionar em cada tecido ou órgão os genes importantes para a manutenção deste. Os outros se mantêm "silenciados" ou inativos.



CÉLULAS-TRONCO
As perguntas mais freqüentes
1 ) O que são células-tronco?
As células-tronco são células que apresentam grande capacidade de proliferação celular e que podem se diferenciar em diversos tipos de células. Assim, elas podem participar da regeneração de órgãos ou tecidos que tenham sofrido uma lesão. Além disso, as células-tronco apresentam a propriedade de auto-renovação, ou seja, gerar cópias idênticas de si mesmas.
2 ) De onde as células-tronco podem ser retiradas?
Há dois tipos de células-tronco: as células-tronco adultas e as células-tronco embrionárias. As células-tronco adultas são aquelas encontradas nos órgãos e tecidos já formados, tanto dos fetos, quanto das crianças e dos adultos. No entanto, as células-tronco adultas, mais facilmente disponíveis e comumente utilizadas na clínica, são as células-tronco presentes na medula óssea e no sangue de cordão umbilical. As células-tronco embrionárias são definidas por sua origem, e são aquelas encontradas desde os primeiros dias após a fecundação até o estágio de blastocisto, o embrião de quatro e cinco dias após a fecundação. As células-tronco embrionárias que são utilizadas para as pesquisas são aquelas provenientes de embriões gerados em clínicas de fertilização, onde o casal doa, para a pesquisa com fins terapêuticos, os blastocistos não utilizados para a fertilização in vitro. O blastocisto é o embrião até antes de ser implantado no útero, que ocorre a partir do sexto dia. O blastocisto compreende a cerca de 100 a 150 células e o seu tamanho corresponde ao pingo deste “ i ”.
3 ) Qual o uso em potencial destas células-tronco para a medicina?
As células-tronco têm sido vista como uma recente esperança terapêutica para o tratamento de inúmeras doenças. A maior importância da terapia celular através do uso das células-tronco está na sua capacidade de plasticidade que é a propriedade de uma célula originar diferentes tipos celulares. Assim, as células-tronco de um tipo de tecido podem originar tipos celulares de tecidos diferentes, em uma nova localidade ou novo órgão. Desta forma, as células-tronco podem ser totipotentes, pluripotentes ou multipotentes. Totipotentes são as células que originam os mais de 200 tipos de tecidos diferentes que formam o organismo humano, incluindo os anexos embrionários (placenta e cordão umbilical). Esse tipo celular corresponde às células presentes no embrião de até 3 dias. Células pluripotentes são aquelas que formam os mais de 200 tipos de tecidos diferentes do corpo humano, mas não são capazes de formar os anexos embrionários. As células presentes no blastocisto são células-tronco pluripotentes. As células multipotentes apresentam uma capacidade mais limitada, originando apenas os tipos celulares de seu tecido de origem como, por exemplo, as células do coração, do rim, entre outras. A maioria das células-tronco adultas são multipotentes.
As células-tronco embrionárias são células não especializadas com alta capacidade de auto-renovação e que podem ser expandidas indefinidamente. Por possuírem grande plasticidade, quando as células-tronco embrionárias estão sob certas condições fisiológicas ou experimentais, elas podem se tornar células com funções especializadas podendo, por exemplo, se diferenciar em células musculares, células produtoras de insulina, entre várias outras.
4 ) Por que há tanta polêmica em torno do uso das células-tronco embrionárias?
Porque, para termos acesso a essas células, deve-se destruir o embrião que está congelado nas clínicas de fertilização.
5 ) Por que os pesquisadores querem usar as células-tronco embrionárias, já que elas são motivos de tanta polêmica?
Os cientistas precisam estudar todas as células-tronco, as adultas e as embrionárias, pois elas têm características diferentes. Isso significa que algumas células podem ajudar em algumas doenças e outras células-tronco em outras doenças. Por exemplo, as células da medula óssea estão sendo usadas com sucesso para as doenças cardíacas, além das doenças hematológicas. Então, para essas doenças, provavelmente não precisaremos usar as células-tronco embrionárias. Mas há outras doenças, com a diabete e lesão de medula espinhal (paralisia), onde as células-tronco da medula óssea (ou outras células-tronco adultas) não têm mostrado bons resultados. Por outro lado, as pesquisas realizadas em animais com as células-tronco embrionárias têm mostrado que essas células poderão ajudar mais no tratamento dessas doenças. Ou seja, entendemos que é importante estudar todas as células-tronco para aprendermos com elas como ajudar a encontrar a curas de algumas doenças e para podermos comparar os resultados obtidos com as diferentes células-tronco.
6 ) A morte encefálica (ou morte cerebral) é o critério para o indivíduo ser declarado morto. Como isso, permite-se que os seus órgãos podem ser doados para transplante. Sendo assim, o início da vida não poderia ser considerado quando as primeiras células nervosas aparecem?
Sim e grande parte dos cientistas ao redor do mundo têm usado esse critério para se sentirem eticamente resguardados para usarem as células-tronco embrionárias, sem que isso signifique destruir um ser humano. Esse fato fundamenta-se na comprovação científica de que as primeiras células do sistema nervoso central só começam a se desenvolver a partir do 14º dia após a fecundação e se esse embrião estiver no útero materno. As células das quais estamos falando referem-se às células do blastocisto, o embrião de 4 e 5 dias, e que estão congelados e foram produzidos por um processo de fertilização assistida. Ou seja, jamais foram ou irão atingir um útero materno. Entendemos, também, que o útero materno é uma barreira intransponível. Se estivéssemos falando de uma fecundação natural, o embrião só atinge o útero após o sexto dia. Mas estamos nos referindo aos embriões que foram produzidos fora do organismo materno e que não foram usados para a implantação no útero. Ou seja, os mesmos encontram-se em um tubo de vidro e estão congelados e, porque os pais não querem mais ter filhos, os mesmo não serão mais usados para gerar um novo ser no útero materno. Portanto, inexoravelmente, esses embriões serão destruídos. Sendo assim, parece mais digno que as células desses embriões, como se fossem doadores de órgãos, sejam usadas para pesquisa, do que permitir que as mesmas sejam descartadas.
7 ) O uso das células-tronco embrionárias pode ser considerado aborto?
Não. A definição de aborto é a retirada do embrião ou feto de dentro do útero ou organismo materno. Estamos falando de embriões que jamais estiveram ou estarão em um organismo materno e que encontram-se congelados em clínicas de fertilização.
8 ) O que diz a lei que permite o uso de células-tronco embrionárias?
A Lei 11.105 de 24 de março de 2005 proíbe (1) a engenharia genética de embriões (quer dizer, a manipulação genética de embriões); (2) a clonagem reprodutiva ou terapêutica; (3) a produção de embriões humanos para outro fim que não a reprodução e (4) a comercialização de embriões humanos. Sendo assim, a lei permite obter células-tronco a partir de embriões, desde que, cumulativamente, esses embriões: (1) sejam excedentes; (2) foram produzidos para reprodução por fertilização “in vitro”; (3) estejam congelados por mais de 3 anos ou que serão descartados por serem inviáveis (inadequados para a implantação) e (4) somente após o consentimento dos genitores e mediante doação.
9 ) O que está sendo discutido no STF (Supremo Tribunal Federal) atualmente, sobre as pesquisas com células-tronco embrionárias, já que elas foram aprovadas em 2005?
Logo após a aprovação da lei em 2005, o antigo procurador geral da república entrou com uma ADIN (ação direta de inconstitucionalidade) para pedir a proibição da lei que autoriza a pesquisa com células-tronco embrionárias humanas. Esse tipo de processo deve ser julgado pela Suprema Corte do Brasil, o que é um caso inédito no mundo. É a primeira vez que a lei sobre uso de células-tronco embrionárias humanas está por ser julgada pela Suprema Corte de um país. Em breve, o STF deverá se reunir novamente para votar a continuidade da vigência da lei ou a sua proibição.
Os pesquisadores estão confiantes que o STF irá votar pela constitucionalidade de lei. Pois, após todo o progresso atingido com os inúmeros debates que resultaram na aprovação da lei, entendemos que a mesma permite o uso das células-tronco embrionárias humanas dentro de limites éticos e morais.
10) Quais as doenças onde as células-tronco já têm mostrado resultados? E a lesão de medula espinhal, já tem resultados promissores?
Doenças cardíacas, hepáticas, doenças auto-imunes, como esclerose múltipla e sistêmica, entre outras, têm mostrado resultados promissores. O nosso grupo de pesquisa da UFRGS, coordenado por mim, Patricia, e pelo professor Carlos Alexandre Netto, têm trabalhado com o uso das células-tronco para doenças como acidente vascular cerebral e lesão de medula espinhal, com boas perspectivas de resultados.